SEM COLEIRA
CHEGA, CHEGA!
Me livrei da sua coleira,
Chutei o pau da barraca,
Alterei a voz,
Protestei contra sua tirania
Ditando minhas regras,
Dando uma de durão...
Jurei que você tinha que me ouvir,
E assim, me zanguei,
Virei um ferido, e feroz cão!...
E você... você só assistia,
Desse meu espetáculo
Nada dizia, nada fazia,
Mas por dentro tanto ria,
Com aquela sua expressão de dissimulada,
De convencida!
Com plena razão
Fui na mão da sua contramão,
Só que quem ama demais
Não tem razão,
Tem dependência,
Tem submissão:
E nesse jeito,
Voltei a mendigar o seu amor,
Como um vira-lata
arrependido, com rabo entre as pernas
A comer em suas mãos!
- Wagner Martins
28 de outubro de 2018
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