GUERRA DE AMOR COM A INIMIGA. Wagner Martins

GUERRA DE AMOR COM A INIMIGA.



Venha minha inimiga!
Invada o meu universo,
E todos os planetas
Que em nele há.
Invada o meu quarto,
O meu peito
a minha praia...
Com seu exército
Altamente equipado,
Do desejo ardente
Que te queima,
e te domina subitamente,
Dos quereres em realizar
todas as minhas insanidades,
De uma, por uma!...
Sem cessar o nosso fogo.
Sem a importuna da bandeira branca.
Sem darmos tréguas.
Sem silêncio.
Sós os rumores das nossas guerras
Travando-se !...
E as nossas fantasias
Virando realidade...
Venha, pois toda minha base
Estar voluntariamente as suas vontades:
Completamente rendida.
Sou inteiramente
um alvo carente
De uma carinhosa tirana,
Que acerte esse alvo por inteiro
Com eternas munições:
Do seu cativante aroma,
Como os das pétalas das aromáticas flores!...
Me acerte com seus explosivos acionados de carinhos...
Seja a mulher-bomba, kamikaze,
Seguindo fazendo os seus atentados
no meu paraíso vazio!...

Venha minha inimiga!
A minha solitária ilha
Eu a te imploro, invada!...
Faça do monótono lugar
em nosso apaixonante campo de batalha,
Agitando os fluxos das nossas correntes sanguíneas...
Cave túneis, trincheiras de arrebatadoras lembranças:
Bem fundas, longas, e prazerosas!...
Invada-las em todas as noites.
Invada o meu barraco improvisado,
sob o solo do que eu almejo,
localizado no estado de Te Querer!...
Vamos fazer o intenso fogo cruzado...
Nossos corpos, e pensamentos,
Navegando no bravio oceano
De bons sentimentos,
Se deliciando nas ondas
De ternuras,
Caricias,
Olhares provocantes,
Sorrisos cativantes,
De momentos,
Sensações,
Satisfações,
Êxtases,
gestos hipnotizantes!...

Venha minha inimiga!
Pois já estou viciado dessa adrenalina,
De sentir
Essa química
Entre nós!...
Entre nossos corpos,
Nossos picantes pensamentos
sincronizados...
A sua voz,
abafando a minha voz,
o seu suor,
sendo temperado pelo meu,
despindo as nossas fardas
dos nossos fados...
meus dedos calejados
no seu corpo deslizando,
desenhando a minha vontade por  você,
desenhando o quanto quero estar
sempre á travar essa guerra até dentro do seu ser!...


Venha minha inimiga!
Assim seguimos,
e assim continuaremos...
Nesses conflitos dos nossos sorrisos,
Nessas rixas das nossas trocas de olhares,
Nessas alturas dessa nossa calorosa guerra,
Nem pensamos em tratado de paz.
Afinal, para que?
Se da paixão
termos muita pólvora
para nos explodir.
Só queremos nos amar
Mais, e mais...
Bombeando-nos intensamente
de dengos!...

- Wagner Martins


sexta-feira, 12 de junho de 2015

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