O Labirinto do Meu Interior
Constantemente
me sinto só,
mesmo convivendo
diariamente com pessoas,
pois, assim como eu,
cada um tem o seu dilema.
Vivo cansado
mesmo sem ter feito nada.
Estou
quase sempre
entediado
ainda que diante
das coisas que eu
tanto quis
e agora
não me atraí mais.
Pela maioria das coisas
que na maioria das pessoas
acendem a paixão,
em mim, aversão.
Orgulho?
Sinceramente,
isso em mim
só serve
como saco de pancada
em meu íntimo
quanto tento fazer
com extrema dificuldade
o que a maioria faz
com muita facilidade.
Desejos,
paixões,
frustrações,
impotência,
autopiedade,
possibilidades
de conhecer
novos lugares,
experimentar
novas sensações,
colecionar futuras, lindas
e marcantes lembranças,
aplausos,
aceitação,
compreensão,
apoio…
fiz de tudo isso de lenha
e queimo
para alimentar
a locomotiva da minha superação,
para seguir cada vez mais rápido
no trilho da força de vontade,
em direção a estação da minha autonomia,
da minha independência.
Tristeza?
Sinto e muita
ao olhar para trás
e me deparar
com a minha velha mentalidade
conformista:
sempre esperando
que o meu próximo seja
comigo um voluntariamente altruísta.
Grande covardia
cometia para com Deus
e para comigo mesmo!
Se o Senhor
me escalou para jogar,
então logo devo me preparar
para driblar os obstáculos,
os adversários,
deixar a minha marca
marcando
pontos
na maneira
que só eu consigo realizar.
- Wagner Martins
segunda-feira, 11 de março de 2024
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