POR AMOR, Wagner Martins (Poema)



POR AMOR

Que estranho,
É muito estranho!

Bem no meio
De tantas novidades...
Bem no meio
De tantas bobagens...

De segunda
a segunda:
ela desde cedo
está lavando, limpando,
cozinhando, cuidando do marido,
dos filhos,
me dando comida
na boquinha...
além de tudo isso,
ainda tem tempo
para emprestar o seu ombro
na sua única,
e valiosa forma!
Como ela faz tudo isso?!

Que estranho,
É muito estranho!

Ela: não para!
Eu: a aconselho...
Ela, bem: ela só tem ela.
Eu apelo:
- deixa para amanhã, hoje descansa!
e vai logo me respondendo:
- será dobrada a tarefa!...
O que a faz incansável?!

Que estranho,
É muito estranho!...

Maria, heroína anônima,
Vilã para muitos,
Justamente por muitos ajudar!...
Também tem vida social:
É requisitada em vários assuntos, dilemas...
ás vezes some,
Sinto falta da sua agitação, da sua graça
Inundando a casa, a vida, nosso mudinho...
Mas a noite
A heroína está de volta ao lar!

Que estranho,
É muito estranho!

Eu sempre lhe pergunto
Porque?!
E aí faz para família sua profunda declaração de amor:
- É meu dever.

- Wagner Martins

Dedico esse poema a minha mamãe, a heroína Maria Aciatuan, e a outras tantas heroínas anônimas, a outras tantas Marias.

16 de abril de 2018

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