A PONTE QUE NOS LEVA A DEUS, Wagner Martins (Poema)

 

A PONTE QUE NOS LEVA A DEUS

 

Deus nos ama por merecermos

ou por escolher nos amar

simplesmente por sua graça?

 

Dos primeiros seres humanos

herdamos a condição

de nascermos e vivermos

numa ilha da condenação:

sermos, motivarmos e sofrermos

o fardo de inimigos do Deus da criação;

porém, Ele não nos abandonou:

nos deu a esperança do seu vindouro

tratado de paz, de redenção, reconciliação!

 

Mas por mais que seja horripilante

o seu expressivo nome,

esse lugar é cheio de miragens e ilusões,

todo tempo seus habitantes

 são arrebatados em distrações:

indo na contramão

do caminho iluminado pela Divina Luz;

sem visão

nas procissões

do engano e de ideias sem sentido, de destruição,

nas carreatas dos prazeres pecaminosos

animados pelos seus ídolos

que cantam e atuam

contra o puro amor,

vão

em direção

ao abismo de infindável escuridão!

 

Deus nos ama por merecermos

ou por escolher nos amar

simplesmente por sua graça?

 

Vezes ou outra

essa terra faminta com voracidade

abre sua boca,

traga de forma inesperada,

executando a sua sentença:

levando, enfim, quem esteja sobre ela

ao inferno; lago de fogo;

fornalha ardente

onde têm os vermes que não morrem

e as chamas que não apagam;

onde a estadia é eterna

e os serviços prestados

regem a sinfonia satânica:

choros e ranger de dentes!

 

Contudo, será que o Criador

nos deu Seu fôlego da vida

para simplesmente irmos mais e mais perdidos

numa ilha imunda aos Seus Olhos

como Sodoma e Gomorra,

até esse fôlego acabar,

daí sofrermos o castigo eterno?!

 

Com certeza não: de geração em geração,

na História da humanidade, o Santo Deus

foi edificando colunas e mais colunas

sobre o grande e longuíssimo abismo

entre Ele com sua santidade,

e nós caídos na perdição, na pecaminosidade:

através das profecias, promessas sobre a providência divina:

O Resgatador, O Bom Pastor, O Carpinteiro de Nazaré;

O Seu Sacrifício Perfeito e Aceitável: Jesus Cristo.

 

Aqui nessa terra corrompida o seu trabalho começou:

suas ferramentas foram a santidade, obediência,

a palavra do Pai, autoridade e o amor;

assim por onde passou vidas foram verdadeiramente transformadas;

a cada passo, avançando para finalizar a salvadora obra;

sendo o único caminho, a verdade, e a vida;

 

levando consigo

o nosso merecido castigo,

sendo inocentemente chicoteado,

condenado e tratado

cruelmente como foi;

principalmente

pregado

e pendurado

na cruz

e depois de três dias,

ressuscitado:

assim Cristo,

O Filho do Deus Altíssimo,

é o tratado de paz,

que tanto precisamos,

com nosso Criador;

concluiu a ponte com o madeiro ensanguentado

com Seu Puro Sangue:

Jesus é o mediador diante do Pai,

a ponte que nos leva a Deus;

Ele é para todos nós

a fuga da ilha da condenação!

 

O ingresso? Crer, acreditar nisso

e seguir nela sempre avançando

na fuga de tudo que é pecado,

seguindo nela sempre buscando

amá-Lo acima de tudo,

amá-Lo em tudo que fazemos,

e em tudo tentar imitá-Lo!

 

Deus nos ama sim:

pois, onde o pecado abundou,

superabundou a graça!

 

- Wagner Martins

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

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