Poema Novo tempo, porém a mesma história, Poeta Wagner Martins dos Santos.

Poema Novo tempo, porém a mesma história, Poeta Wagner Martins dos Santos.



Eu sou os hebreus do novo tempo:
Tornei-me os cativos, açoitados várias vezes, por estar no lugar errado (Egito...)
Não porque queremos, pois sou (o José) que para o cativeiro fui submergido,
e explorado pelos modernos Potifar, faraós.
E inconsequentemente estamos elegendo o Moisés ilícito,
Por causa da sua simpatia, mansidade, pomos no líder o lobo em pele de cordeiro!...

Eu sou o mistifório que a burguesia não tolera.
Eles querem unicamente o azul a banhar esse planeta,
Por isso negros, e negras,
somos o alvo do extermínio na América Latina:
Arrancaram-nos do braço materno, trouxeram-nos a força,
Plantamos nessa terra desde tempo da escravidão,
ainda muitos plantam para os senhores feudais,
E até hoje só colhemos o necessário para regressarmos às lavouras,
e nessa sina permanecemos 500 anos sem instabilidades de alteração.

Eu sou os favelados, os judeus da nova era:
Pegando o trem da ditadura, eurocêntrica educação que me retarda,
Assim estou na marcha da morte dos meus sonhos sem chance de fuga!...
Que a estação final, são campos de extermínios,
que muitos são enterrados em caixões de lata!...
Que no final dessa marcha, vejo que a luz do fim do túnel apagou,

vejo em minha caminhada muitos que eram sonhadores, que agora estão frustrados.

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