O MANTO DA SOLIDÃO
Essa solidão
É igual ao se sentir dragado
Pela escuridão,
Ter o coração como uma criança
Amedrontada, desesperada,
Assim esperneia, grita...
Buscando em si
Se abrigar,
Numa caverna
Que mansamente ecoa:
- Estar sozinho!...
Aí olhando de um lado,
E para o outro,
E percebe o pulsar
se estabilizando,
Bombeando só o necessário
Para ficar vivo,
Vivendo sem ter o luxo
De sentir fortes emoções,
Saber de lindas canções,
Mas não ter a alguém
para fazer a dedicação...
Então os sentidos adormecem,
As retinas da alma se delatam,
Já que acostumou-se
Com silencioso hábitat!...
- Wagner Martins
sexta-feira, 7 de setembro de 2017
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