MEIA DESERTA, Wagner Martins (Poema)



MEIA DESERTA

Numa rua
Meia deserta,
Ela é bombeada
Por mil pensamentos,
Por mil lembranças
De muitas que estiveram
também assim...
Senti um forte pressentimento,
Numa rua
Meia deserta!...

Numa rua
Meia deserta,
Seus passos ela apressa,
Bastante incerta
De todos:
Nesse momento de tensão
Os segundos lhe castiga,
Se alongam,
Justamente por estar
Deserta de segurança,
Numa rua
Meia deserta!...

Numa rua
Meia deserta,
Com muita força deseja
Que o outro que vem vindo,
Mude logo de calçada,
Não é por nada,
Contudo, só por estar a sós
Numa rua
Meia deserta!...

- Wagner Martins

3 de maio de 2018

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