A ESTRANHA, Wagner Martins (Poesia)




A ESTRANHA

Ansioso,
Com aquele frio
Na barriga:
Cumprimentei-a,
Beijei-a,
Abracei-a,
E nos sentamos
Ao redor da mesinha!...

Falei para a estranha
Sobre
meus sonhos,
minhas conquistas...
que admiro as estrelas,
a lua...
lhe disse que
aprecio o som da chuva...
adentrei
no assunto musical,
falei de algumas músicas,
e do quantos eram
sentimentalmente
especiais para mim,
para ver se conseguia
diminuir a sua expressão de babaca,
enfim, me fiz de livro aberto
para ver se eu
se tornava para
ela menos estranho!...

eu, faminto pela sujeita,
insistir com gentileza
que ela falasse dela mesma,
notei na sua expressão
ficando apavorada,
e para quebrar esse clima,
logo declarei: NEM PRECISA
DIZER DO QUANTO É LINDA,
POIS ESTÁ NA SUA FACE ESTAMPADA!...

Ela sorri, desde já
Comecei a fazer várias perguntas,
Ah, como me arrependi de fazer cada uma:
Tive respostas tão rasas...
Dela ela tinha nada a apresentar,
Cada segundo que passava
Era uma amarga tortura,
Enfim, terminou o encontro.

Fiquei sentindo a forte confirmação
Que essa estranha
Se tornou para mim
Ainda mais estranha do que antes!...

- Wagner Martins

1 de abril de 2018


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