NAUFRAGUEI-ME NA SOLIDÃO, Wagner Martins (Poema)



NAUFRAGUEI-ME NA SOLIDÃO

Me esqueci do mar
Que por muitas marés
Posicionado em sua frente
Estive ao horizonte focar
Com o olhar a lhe buscar:
numa busca desesperada,
como se eu buscasse
pérola valiosíssima,
ou se estivesse em transe
ansiando a sua pessoa
como uma sereia
que vem regressar
um dia desse infindo mar!...

Me esqueci do tempo
Que por longas esperas,
A solidão compadecida
se fez a me acompanhar!
E por ela ser tão presente
faz ainda mais ser ardente
as minhas dores
brotadas da sua ausência,
que cada vez mais aumenta
o tamanho da lacuna
em minha vida!...

Me esqueci até da plantinha
Que docemente brotava
Nas manhãs,
Eu vinha colher
às suas flores singelas
Com especifico aroma,
É nessa forma
para não me confundir,
E achar através da sua essência
a moça certa,
para só assim
com ramalhete presenteá-la,
e conquistá-la delicadamente!...
Assim como eu colho
o brilho das estrelas
para dentro de minh ‘alma!...

Me esqueci de mim:
Pois deixei de almejar
algo além de você,
deixe de apreciar
as maravilhas
que de você
não me faz recordar,
deixei de certas expectativas cultivar
que mexesse com minhas emoções,
deixei de senti carência
da companhia de uma outra pessoa,
enfim, fui dragado pela escuridão da solidão,
germinado nesse amor não correspondido
que eu vim com ele naufragar
nesse mesmo mar!...

- Wagner Martins


terça-feira, 31 de maio de 2016

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